quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

RESENHA DO LIVRO A ÁRVORE DO IOGA: YOGA VRKSHA



A árvore, como protagonista-arquétipo da obra de Iyengar, revela muito a respeito de nós mesmos. 'A árvore do ser, a árvore da vida, a árvore conselheira, terapeuta e amiga'.

O tema central propõe a responsabilidade pessoal de cada destino com sua própria árvore. 'A Árvore do Ser precisa ser cuidada.' Através de palavras simples, claras e amigas, Iyengar nos leva pela mão e nos faz sentir que já é tempo de semearmos, de plantarmos, de nutrirmos e de sermos felizes. O leitor atento poderá descobrir uma parte da riqueza e da profundidade do Yoga, conduzindo-o da superfície da pele às profundezas da alma.

A verdadeira magia está dentro de cada um. Por sua própria experiência, o autor ensina como qualquer pessoa pode se beneficiar com a prática do Yoga, apoiando-se sempre em seus princípios básicos. É disso que essencialmente o livro trata: a volta ao básico, ao simples, à autêntica tradição do Yoga, fazendo referências aos antigos textos clássicos, tais como o Yoga Sutra de Patañjali, Hatha Yoga Pradipika, entre outros.

Considerável parte do livro é uma compilação de anotações e transcrições de aulas, palestras e sessões de perguntas e respostas ocorridas na Europa entre 1985 e 1987, servindo de complemento filosófico e prático para todo praticante de Yoga.

Antes de abraçar o Yoga, a raiz do meu ser estava fraca e pedia maior claridade. 'Se a raiz da árvore é fraca, ela mesma não pode ser forte', diz Iyengar. E eu decidi ouvir minha própria voz. Ao mesmo tempo em que via claro o caminho, também me acompanhavam as dúvidas. Curiosamente, frente a cada interrogação, aparecia um sinal. Foi assim que me apareceu a 'Árvore do Yoga'. As palavras de Iyengar me tocavam profundamente. Meu entusiasmo aumentava e meu espírito se elevava a cada frase que lia e relia. Era como bálsamo a fortalecer a minha prática. Passo a passo a cura começava. Foram horas de incansáveis trabalhos e posturas asanas, que produziram uma regeneração interna. Muitas vezes tomada pela angustia própria dos questionamentos de minhas possibilidades eu navegava entre os asanas sem questionar minha decisão de praticar. Cada asana invadia o centro do meu peito e das minhas entranhas. O contato tão íntimo e tão intenso com cada postura era uma comunhão entre corpo e alma, trazendo-me plenitude e meditação. Inspirava-me, emocionava-me, admirava a experiência e agradecia. Percebi que Yoga também é abertura e liberdade, integração, compreensão e comunicação. Em todos os níveis.

Iyengar, ou Guruji, como é carinhosamente conhecido por seus alunos, mestre indiano de Puna que criou um estilo de Hatha Yoga praticado mundialmente, leva-nos à mais profunda introspecção, a ouvir nosso interior através de longas permanências nas posturas e precisão no alinhamento. Além disso, é um filósofo prático e nos fala de sua experiência durante mais de 65 anos de ensino de Yoga.

Na primeira parte do livro, o mestre expõe seus pensamentos a respeito do Yoga e da vida, abordando os aspectos individuais e sociais do Yoga. O maior desafio, ensina, é ser fiel à própria evolução e desenvolvimento, sem abrir mão do caminho espiritual individual. Expõe como a prática do Yoga se relaciona com os diferentes estágios da jornada da vida: infância, amor e casamento, vida em família, velhice, morte e fé.

Num segundo momento, fala da árvore e de suas partes e mostra que, na disciplina dos asanas, todos os oito níveis do Yoga estão presentes. Yama cultiva os órgãos da ação para que possam agir com fins concretos, por isso são as raízes da árvore. Os princípios de nyama correspondem ao tronco da árvore. Os galhos da árvore são os asanas que irrigam todas as células do corpo, nutrindo-o com um abundante suprimento de sangue. As folhas estão relacionadas ao pra?ayama, a ciência da respiração. A casca refere-se a pratyahara, justamente o que acontece quando se está absorvido na execução de um asana e quando os músculos e as articulações se mantêm em repouso em suas posições; o corpo, os sentidos e a mente perdem a sua identidade, e a consciência brilha em toda a sua pureza. A seiva, que percorre os galhos e o tronco da árvore rumo à raiz, é dhara?a, concentração, ou atenção completa, quando nenhum pensamento invade a mente quando se executa um asana. A flor é dhyana, meditação, que, na execução das posturas, é unir o corpo, o cérebro, a mente, a inteligência, a consciência e a alma sem qualquer divisão. O fruto da árvore do Yoga é o samadhi, a vivência do uno e do absoluto, quando se mergulha tão profundamente no eu que esse mesmo eu é esquecido, quando a alma é sentida em todas e cada uma das partes do corpo.

Portanto, esclarece o mestre, é preciso tratar a terra, deixá-la fofa, livre das ervas daninhas, dar-lhe água e adubo para que a planta se desenvolva e cuidar de alimentá-la delicadamente para que a árvore cresça sadia e forte e dê frutos deliciosos. A essência espiritual da árvore está concentrada no suco de sua fruta, que é o ápice do seu desenvolvimento. Arrancamos o fruto e o saboreamos. O sabor pode ser sentido, mas não expresso em palavras. Da mesma maneira, a árvore do Yoga precisa ser cuidada e acompanhada em seus diversos estágios. Só assim seus resultados poderão ser apreciados. Em sua prática, a árvore do Yoga nos conduz, camada por camada, ao alcance da experiência para desfrutarmos do fruto do Yoga, que é vislumbrar a alma, e todos nós temos direito a esse vislumbramento!

Na terceira parte da obra, Iyengar trata de temas, como o Yoga sob o ponto de vista médico, a arte da prudência, entre outros. Na quarta, trata da essência do ser e sua viagem de retorno à semente e compara o desenvolvimento espiritual humano com o crescimento de uma árvore, da semente até sua maturidade. Na quinta parte, aborda o Yoga no mundo.

A intenção do livro é oferecer ao visitante aberto, sensível e ativo a possibilidade de confrontação, de comunicação e de diálogo. É uma proposta que se abre à essência mais íntima de cada ser.

MARIANA HEYDE RUPP
________________________________________
Mariana ensina Yoga em Florianópolis.
Essa sua resenha foi originalmente publicada nas páginas 103 a 106 da edição nº 03, do Inverno de 2004, dos Cadernos de Yoga.
Fonte: http://www.yoga.pro.br/artigos/558/3023/resenha-do-livro-a-arvore-do-ioga-yoga-vrksha

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

11/15 – Mais clareza mental


"Além de proporcionar uma ampliação da consciência, a meditação é eficiente para desacelerar a freqüência cerebral. “Uma mente mais tranqüila é capaz de criar conexões que permitem um melhor intercambio de informações, com reflexos positivos na memória e no raciocínio”, afirma Fernando Felipe, da Axis Clinica de Coluna, de São Paulo. Ela também se reflete na organização interna do individuo, trazendo melhoras significativas na aprendizagem e na criatividade."
Bons Fluidos – maio/2009

Dito este motivo para estender seu mat de yoga, informo: No espaço Mandala, em Taubaté tem encontros mensais de Meditação, sob a instrução do Prof. Marcos Tacheto. Abaixo, o convite para o proximo encontro que é...AMANHÃ!   Encontro de Meditação - dezembro/12
Neste ultimo encontro do ano a meditação será a partir da atenção na escuta.

Em janeiro próximo não haverá encontro, que retornará no primeiro sábado de fevereiro de 2013.
Bom final e início de ano à
todos!
Evento gratuito e aberto a todos, praticantes ou não
Data: 01 de dezembro, sábado
Horário: 8h30
Local: Mandala Espaço de Yoga

Vale muito participar destes encontros, comece por amanhã :)
Forte abraço!
Namastê.

domingo, 25 de novembro de 2012

Luz na prática diária - Orações invocatórias

"Peço que todos vocês recitem a oração a Patañjali no inicio das aulas. Se não puderem fazê-lo em sânscrito, recitem a tradução. Dessa maneira, invocaremos a presença de Patañjali no momento da prática. Recitamos tal oração pelo simples motivo de considerá-lo nosso guru na ioga. Esse grande sábio nos deu a gramática para a fala correta, a medicina para a saúde e a ioga para a cultura da mente. Quando estamos em nosso sadhana de ioga, devemos pensar nele e prestar-lhe nossos respeitos para que nossa mente esteja em sntonia com o sbons pensamentos de seu trabalho."


Invocação a Patañjali
Yogena cittasya padena vacam
Malam Sarirasya ca vaidyakena
Yopakarottam pravaram muninam
Patanjalim pranjaliranatosmi

Abahu purushakaram
Shankha chakrasi dharinam
Sahasra sirasam svetam
Pranamami patanjalim

"Ao mais nobre dos sábios, Patañjali,
que nos deu a ioga para a serenidade da mente,
a gramática para a pureza da fala
 e a medicina para a saúde do corpo, eu me curvo.
Eu me ajoelho ante Patañjali,
cujo parte superior do corpo possui forma humana,
cujos braços seguram uma concha e um disco,
e que é coroado por uma cobra de mil cabeças.
Oh, encarnação de Adisesa,
minha saudações a Vós." 
  P. O senhor poderia falar um pouco sobre o significado de cada um dos seguintes símbolos: a concha, o disco, a cobra e o torso humano? "Como a concha pode ser soprada, ela representada uma espécie de aviso se algum perigo interferir, como espíritos malignos ou doenças, enquanto o disco indica que é possível destruir os pensamentos ruins, os espíritos malignos ou as doenças. Asi significa espada. Em uma mão, ele segura a espada do conhecimento para destruir a ignorância. Na outra ele abençoa os que praticam ioga. Em outro aspecto, ele une as palmas das mãos e saúda o assento do antaratman - o Deus. simbolicamente mostrando que, por meio da ioga, alcançamos Deus."   P. E a cobra? "Você sabe que é a cobra que segura a Terra. Ela é protetora do universo. No Hathayoga Pradipika, a primeira estrofe do terceiro capítuo afirma: 'Ananta, o Deus das Serpentes, sustenta a Terra com suas montanhas e serpentes; da mesma forma, kundalini - a energia da serpente - é o sustentáculo principal de todas as práticas de ioga[...]" Desde a antiguidade, quase todas as religiões cultuaram o Deus Serpente. Toda mitologia possui alguma espécie de culto á serpente. Havia a crença de que as cobras não morriam, mas largavam a pelo dela e emergiam renovadas. Essa eternidade das cobras tornou-se  simbólica. Essa qualidade imemorial das serpentes é chamada de ananta - sem fim. A cobra é símbolo de ternidade, fertilidade e regeneração. É um simbolo de sabedoria, também. Ela é associada com os feitos bons e maus do homem, não é? Todas as religiôes dizem que precisamos dominar as tormentas emocionais. como luxúria, ambição, ira, malícia e por aí vai. A cobra é venenosa, mas seu venenosos. Precisamos converter nossa natureza e desenvolver as qualidades opostas. como calma, controle da continência, amor, satisfação etc."   P. E o quarto símbolo é o torso humano. "Você deve ter ouvido falar da história do nascimento de Patañjali. Ele era um verme que assumiu froma humana, e sua mãe, Gaunika, era virgem, assim como Maria. Isso indica o processo de evolução, a forma como se pode progredir de uma pequena criatura para um ser humano. É o crescimento e a expansão da inteligência. Essa cabeça na forma humana serve para explicar a essência da ioga." Livro: A sabedoria e a prática da ioga - BKS Iyengar - pág.88/89   Entre "aspas" respostas do Guruji :) Forte abraço!!! Namaskar.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

"Quem tem o minimo de sensibilidade, não precisa do currículo ou de informações mil de alguém pra saber do outro, mas, basta olhar a vida da pessoa.
O que está fora, está dentro." (ultimo módulo de Formação de Iyengar Yoga 2012)

Meu corpo, nesta segunda feira, cheio de Prana (energia vital)...fecho 2012 na Formação, como se este último módulo fosse o primeiro, muita emoção, sensações novas (acho que mais sutis, finalmente) e a certeza do caminho - sem fazer destas palavras um clichê.
Sinto-me como que confirmado que estou no caminho certo, agora em uma fase nova de consciência  estudos ainda mais profundos e necessidade mais do que nunca da prática diária e intensa.
Estou animada, re-animada na verdade.
Com os músculos ainda mais próximos dos ossos e as Nadis equilibradas, dentro da proporção é claro!
Com a informação ainda mais firme de que o Yoga tem de estar dento do corpo, de termos que ser o asana na pratica, fazê-lo de forma inteira e não apenas com o corpo de forma densa ou bruta.
Tivemos um módulo aparentemente igual os outros, mas não pra mim: foi um marco neste trajeto, um fim de semana emocionado, desintoxicante e revigorante, muito mais que os demais módulos.
Caíram algumas fichas, de que não é na força que vou avançar, mas na constância  de dedicação e no amor a pratica; de que não é cobiça minha, quando busco ter o minimo pra poder me dedicar ao meu objetivo maior que é cuidar das pessoas (e de mim) com maestria e principalmente caiu a ficha que hoje consigo sentir qual é o lado do meu corpo que precisa ser mais trabalhado (isto mesmo, finalmente pude ver com clareza este ponto).
Imagem de um dos módulos da Formação - Cris e euzinha
Aahhh e como é bom constatar que vc não estuda um método 3 anos sem chegar a lugar algum, mas que 3 anos é (realmente) o minimo necessário.
Estou MUITO feliz e esperançosa!!!
Como compartilha minha mestra Analu Matsubara: é real, existe muito mais por baixo da superfície - mais ou menos assim, estou passando apenas o meu entendimento rs.
Forte abraço a todos!!!
Namaskar.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

10/15 – Coração em paz

Manter o bom humor em dias de muita agitação e embaraços não é fácil. Domar a irritação nas horas em que você só pensa em fugir do mapa também é complicado. Apesar da pratica do yoga não transformar sua vida num mar de rosas, ela é bastante eficiente para enfrentar os momentos difíceis. “O controle para executar as posturas cria uma atitude interna equivalente, que se reflete nas emoções e na mente”, explica a professora de yoga paulista Ana Paula Bragaglia. “Ao buscar equilíbrio e conforto nas posturas, o praticante geralmente introjeta essas sensações e o novo conhecimento perpassa sua rotina.”
Bons Fluidos – maio/2009

O estresse é algo positivo na vida de hoje, aquele que fica ileso do estresse pode arrisca-se a cair em uma inércia.
Você deve estar se perguntando: mas, como assim? O estresse bom?? Pois é, o estresse é aquele mecanismo do corpo que faz com que você tome as devidas providencias em caso de emergência, em caso de necessidade de fuga. Logo: é necessário.
O que acontece de negativo é que hoje a “necessidade de fuga” e a “emergência” acontecem a todo momento, a cada 5 minutos o corpo recebe uma descarga elétrica avisando que ele deve fugir...haja saúde pra tudo isto.

O Yoga ajuda o corpo a receber estas cargas e neutralizá-las, ajuda a controlar ou a amortizar as conseqüências do stress sobre a nossa saúde.

As posturas de yoga ajudam a manter a estabilidade em momentos de dificuldade e mesmo em face de acontecimentos catastróficos. Quando a estabilidade se converte num hábito, seguem-se a maturidade e a clareza. - Instr. de Iyengar Yoga Vera Andrade - São José dos Campos - SP
                    Forte abraço! Namaskar _/\_

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Novos horários...

Estamos re-ajustando os horários do espaço PapodeYoga, ficou assim:

  • segunda e quarta - Turma as 19h e as 20:20
  • sexta - Restauradora as 19h






Mais informações:
 R$   20,00 Aula avulsa 
 R$   50,00 Matricula
 R$   75,00 2x semana
 R$   90,00 3x semana



Alunos avisados, horários abertos para novos alunos e que nossa prática seja abençoada.

Contato9171-4493 - apaula263@hotmail.com
Rua Leoncio do Amaral Gurgel, 41 - Jadim Rosely (rua do pronto socorro da Unimed)

Forte abraço!!
Namaskar.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Encontro de Meditação - outubro/12



Neste encontro a meditação será com o pranava OM.
Este é o mantra mãe de todos os outros, o mais importante e o mais universal.

Evento gratuito e aberto a todos, iniciantes ou praticantes.

Condução por Marcos Taschetto
Local: Mandala Espaço de Yoga - R. Juvenal da Costa e Silva, 123, Taubaté (próximo da Associação)

Data: 06 de outubro de 2012, sábado
Horário: 8h30

Estarei lá :)
Forte abraço!
Namastê.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Dia Mundial sem Carro - 22 de setembro e Viver Yoga pela Paz

Amanhã é o dia mundial sem carro.
Isto significa que devemos evitar sair de carro e/ou praticar carona solidária - mais pessoas dentro de um mesmo carro.
Este dia começou a ser comemorado em algumas cidades francesas em 1988, no intuito de diminuir a poluição sonora e atmosférica, diminuir o numero de carros circulando nas cidades, pois é provado que 40% da poluição gerada no mundo é consequência dos gases emitidos pelos automóveis.
Em 1997 foi decretado na França o dia 22/09 como sendo o dia mundial sem carro e este dia passou a ser comemomrado (lembrado) no Brasil em 2001, em algumas cidades.
Acho que deveria ser uma campanha fortissima, visto que além de contribuir com a limpeza do ar, é uma oportunidade de mudar o "automático" de sair de carro e trazer novidade ao seu dia e ao seu corpo - físico e energético.

Outra contribuição com o planeta e com a humanidade é trazer mais foco para as pessoas e para a paisagem do que para os carros, sim, estou falando isto mesmo...rs
Estamos em uma momento em que ao sair ou ao ter que ir a algum lugar (trabalho, passeio, compras e etc) o seu foco é o transporte (como vou? por qual caminho?) e dirigir torna-se uma obrigação (para alguns) e a estrada ou as ruas são obstáculos...e a paisagem, seja de predios ou naturais, ficam inexistentes.
No dia sem carro, voce além de não se preocupar em tirar o carro da garagem e com o caminho, poderá observar os trajetos, a arquiterura e a natureza, quer estimulo melhor que este?!?!
Se anime!


Aqui em Pindamonhangaba, coincidência ou não, haverá um evento no Bosque da Princesa das 14h as 19h, trata-se do Viver Yoga pela Paz em sua 2a edição e acontecerão práticas de yoga e cantoria de Matras (adoro!).
Ao por do Sol - o Bosque fica a beira do rio Paraiba do Sul e o por do Sol é lindo - acontecerá o grande Om, vibrando pela Paz mundial.


  Yoga, meio ambiente, não violência, limpeza, contentamento, entrega, integração com o Todo e com uma conciência coletiva....tudo a ver com o dia mundial sem carro...tudo a ver com PRESERVAÇÃO DO SER HUMANO E DO SISTEMA.










Vale muito a presença! Vá sem carro.
Forte abraço!
Namastê.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Uso dos props

Olá queridos,
Após uma pequena pausa forçada, voltamos, agora, com mais força.
Segue um texto sobre props que achei enriquecedor.
Forte abraço!
Namaskar.

Uso dos props
Inspirado em uma palestra de Geeta Iyengar
Para os yoguis de antigamente era muito estranho o conceito de usar props para fazer asanas ou pranayamas. Eles resistiam a esta idéia achando que tudo deveria ser feito com independência, que o uso do suporte não era tradicional e não deveria ser feito. Os contemporâneos de Iyengar o criticavam por isto. E, mesmo usando-os em suas aulas e no seu corpo, Iyengar evitava falar sobre eles ou mesmo fazer demonstrações. Hoje sabemos que tudo isto mudou e que diferentes métodos já fazem o uso de props, e todos os créditos devem ser para BKS Iyengar, que através de sua dedicação, persistência e experiência tornou possível para que realmente qualquer tipo de pessoa possa praticar yoga.

HISTÓRIA DOS PROPS
Não existe nenhuma referencia direta nas escrituras sobre props, mas Guruji intuiu as referencias através de pistas nos textos sagrados.

HATHA YOGA PRADIPKA
Na primeira stanza (I:5-9), quando enumera os nomes dos grandes yoguis, esta escrito o nome de um yogui que era aleijado, que não podia nem caminhar. Isto chamou a atenção de Guruji, como uma pessoa que não pode andar conseguiria ser considerado um grande praticante de hatha yoga? Nas conclusões (i:64) é dito que qualquer pessoa pode praticar seja ela jovem, velha, ou mesmo muito velha, enfermiça e débil, pode converter-se num siddha através da pratica. No segundo capitulo quando são enumeradas as 6 formas de limpar o corpo (II: 22 satkarma) menções são feitas ao uso de água, de pano, de canudos como auxiliares na limpeza.


YOGA KORUNTA
Um outro texto que Guruji estudou com seu Guru Krishnamachyaria em Mysore foi o yoga korunta. Korunta quer dizer marionete. Iyengar dizia que yoga korunta era o show de marionetes yoguis. Neste texto falava de yoguis que viviam nas florestas e faziam diversos movimentos pendurados em cordas penduradas nos galhos das árvores. Isto foi uma outra pista do uso dos props pelos yoguis antigos.

BAGHAVAD GITA
Na Bhagavad Gita, num comentário sobre o capitulo 6, que é um capitulo muito importante onde Krishna fala como deve ser o modo de vida yogui e o que significa a meditação o comentarista diz que pode-se usara de apoio quando se senta para meditar. Krishna deixa claro que para meditar é preciso estar na posição sentanda com a coluna ereta, os olhos fechados e focados no terceiro olho, então neste comentário é dito que é comum depois de algum tempo a coluna começar a cair, logo que se necessário a pessoa poderá usar de artifícios que a ajudem a se manter ereta.

YOGA SUTRAS
Patanjali mencionou o uso de props de uma maneira diferente. No primeiro capitulo nos diz que devemos manter a nossa consciência, citta, sob controle. Por consciência entende-se a trindade: mente, intelecto, e o Eu. Mas todos sabemos o quão difícil pode ser de trazer esta consciência sob controle. Logo na largada ele menciona que yoga é a aquietação das ondas mentais, e nossos alunos lêem isto e chegam demandando ao professor que acalme suas flutuações! Mas para que isto aconteça precisamos polir, cuidar, entender a consciência. E aqui ele recorre a métodos que nos ajudarão neste processo de serenidade mental nos dando 4 chaves: Maitri - amabilidade, karuna - compaixão, mudita -alegria, upekshanam - equanimidade. Que podem ser entendidos como props mentais e emocionais.

Desta forma Iyengar concluiu que havia sinais nesta escritura que o uso de props poderia ser feito e que era utilizado.

COMO SURGIRAM?
Apesar de para nós hoje os props serem quase óbvios, Iyengar foi um grande ser iluminado para conseguir concebe-los. Apesar de ter detectado os sinais nas escrituras, não havia livros com desenhos ou manuais de uso destes acessórios. Ele começou a observar primeiramente em seu próprio corpo. Puxa, se eu tivesse uma mão me segurando eu talvez conseguisse me alongar mais, ou se tivesse um suporte eu conseguiria permanecer mais tempo e assim por diante. Depois começou a observar com seus alunos. Ele utilizava seus braços, mãos para ajudar os alunos a se manterem ou entrarem em posturas. Ou surgiam casos onde ele sabia que tal postura os ajudaria, mas os alunos não tinham capacidade de realizar as posturas. Por exemplo, para alunos com asma, ou congestionados as posturas que abrem os pulmões são muito benéficas, mas tais posturas são muito avançadas e requerem pratica. Desta forma ele começou a desenvolver artifícios que permitissem às pessoas com capacidades diferentes a poderem colher dos frutos dos asanas. O primeiro prop foi algo para evitar que os pés escorregassem nas posturas de pé. Se os pés escorregam como alguém conseguirá se concentrar em qualquer outra coisa? Desta forma ele elegeu a parede como o seu Guru! Começou a fazer posturas de pe com o apoio da parede e percebeu que os alunos conseguiam se concentrar em outras partes do corpo.


POR QUE USAR OS PROPS?
Os acessórios não são para serem usados quando estamos com preguiça ou doentes. Eles nos ajudam a entender as sensações do corpo, a descobrir formas de realizar a postura. Quando estamos tensos ou ansiosos, por exemplo, enrijecemos os músculos e restringimos movimentos. Ao usar os props conseguimos relaxar certas partes do corpo e nos entregar melhor na postura e assim ter a sensação real desta postura. Desta forma, o uso de props nos proporciona outros caminhos para a descoberta do nosso corpo e das nossas sensações.
Então sempre que precisar ou desejar usar um prop lembre-se de sua historia, do significado que ele terá na sua prática e use-o com cuidado e respeito. Tenha em mente o que você deseja alcançar com esta ajuda e preste atenção. Os efeitos são fortes e sutis e quando mal utilizados podem causar mais danos do que trazer benefícios.
Namastê!
Isabela Fortes

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Encontro de Meditação em Taubaté (divulgação)

Encontro de Meditação - agosto/12


Neste encontro o objeto da meditação será a chama de uma vela.
Essa é uma prática de concentração que também atua como um ótimo
exercício de limpeza e fortalecimento dos olhos.
Condução de Marcos F. Taschetto

Evento gratuito e aberto a todos, praticantes ou não
Data: 10/08/12 (sexta-feira)
Horário: 19h30



Local: Espaço Mandala de Yoga





Forte abraço!

terça-feira, 31 de julho de 2012

Vamos voltar :-) ?!?!

Queridos alunos,


Estaremos voltando de férias nesta quarta - 01/08/12 (eba!).

Lembro que a partir deste semestre nossas aulas serão sempre as 19h (seg, qua e sexta).

Peço a gentileza de me passarem os dias que se fixarão nos horários para que eu possa me organizar, referente a vagas nos horários.






Dou a feliz notícia de que nossa sala conta hoje com mais 5 kurunthas.


E uma promoção na venda de MAT Yoga (tapete): de R$ 70,00 por R$ 56,00.







Sejam bem vindos, forte abraço!

(...)Assim, se puder ter controle sobre suas formas de pensamento e conseguir modificá-las como quiser, você não será escravizado pelo mundo exterior. Não há nada de errado como mundo. Você pode transformá-lo num céu ou num inferno de acordo com sua vontade. É por isto que o Yoga é todo baseado no chitta vritti nirodhah (O aquietamento das ondas mentais). Se você tem controle de sua mente, você tem controle de tudo. Assim, nada neste mundo poderá aprisiona-lo. Sri Swami Satchidananda

Namaskar.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Yoga, disicplina, saúde e religião

"Só a disciplina proporciona a verdadeira liberdade.
Se você precisa de saúde, acha que pode obtê-la sem disciplina? É essencial a moderação no viver.
E por isso o ioga começa com um código de conduta que cada individuo deve desenvolver.
A pessoa indisciplinada é alguém sem religião. A pessoa disicplinada é regligiosa. Saúde é religião. A doença é falta de religião.
A vida religiosa não consiste em se alienar do mundo cotidiano. Ao contrário, devemos harmonizar a nossa existência.
As circunstancias da vida estão diante de nós para a nossa evolução, não a serviço da destruição.
Muitas vezes, tem-se a impressão que o ambiente se opõe à vida do indivíduo. Mas será que não posso levar a vida virtuosa enquanto os outros gastam seu tempo em casas de prostituição?
Dez pessoas estão se embriagando. Não bebo, mas aquelas pessoas são meus amigos. Eles me convidam para beber, mas riem de mim quando digo: 'Não, não me interesso por isso'. Então respondo: 'Tudo bem, eu vou. Dêem-me suco de frutas e fiquem com o álcool'.
Qual diferença? Isso significa que posso entendê-los. Estou e não estou com eles. Estou dento e fora. Isso se chama equilíbrio. Se você puder viver assim, isso é RELIGIÃO."
BKS Iyengar - Livro A árvore da vida - Individuo e sociendade, p.38
Forte abraço!
Namastê.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Simples assim

Estava lendo agora no blog Tree of Yoga , em resumo, sobre simplicidade.
Porque estamos sempre atrás de diversificar ao extremo? porque estamos sempre atrás de variar o tempo todo?
Não chegamos nem na metade da maestria de algo e já queremos mudar, o mundo pede que variemos e que nos tornemos extravagantes, sempre mais e mais.
No texto ela conta sobre um cavalo que ganhou na infancia e que este não gostava que ela treinasse variavelmente, porem a escritora (yogini) conta que queria treinar e treinar sempre o melhor, saltos mirabolantes, se preocupava mais em chegar a uma equitação perfeita do que estar com seu cavalo, presente, conclusão: em um treino, aconteceu uma queda e com isto teve que voltar no inicio de tudo, na conquista ao seu animal para reiniciar.
Com este texto (curto e sucinto) entendi ainda mais as praica de Iyengar, quando estamos sempre lapidando os asanas básicos, sempre treinando "muito do mesmo".

Reproduzo aqui o mais importante do texto, e da lição aprendida, que li hoje:
O melhor yoga que eu faço é o mais simples. As posturas que eu aprendi quando comecei a minha prática. Com a prática vem a clareza e a remoção das camadas de tinta antiga para encontrar o verdadeiro brilho da madeira por baixo. Trikonasana feito com integridade, espaço, silêncio e respiração é uma das coisas mais doces que eu sei. É tão simples você mergulhar para encontrar camada por camada de solo rico. Tudo isso leva ao mesmo lugar - a verdade de quem você é.

As vezes me sinto repetitiva em minhas práticas, tento até diversificar iniciando praticas de outros asanas e até paranyamas, mas quando retorno ao asanas básicos, vejo que preciso remover muitas camadas ainda, o brilho ainda está escondido - e as vezes aparece :).
É a  busca de nós, lapidando a prática dos asanas iniciais para chegarmos em nosso verdadeiro eu.
Forte abraço!
Namaskar.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Nada mais...e nada tão...

"Nada mais triste do que ser refém da história e nada tão prazeroso quanto ser um construtor de um novo tempo." Augusto Cury

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Mantras


Por: Greice Costa

Afinal, para que servem os mantras?
É possível que você já tenha entrado em contato com um mantra antes mesmo de fazer um asana. Em muitas aulas de Yoga, há a invocação de certos mantras em homenagem à prática ou ao guru - como nas aulas de Iyengar. Mas você sabe por que entoamos os mantras? Pedro Kupfer dá a idéia básica:

Para que servem os mantras?
A palavra mantra significa em sânscrito "instrumento para o pensamento [adequado]" ( man = pensamento, mente; tra = instrumento). Basicamente, um mantra é um som que tem um significado e tem como objetivo lembrar algo importante para o praticante. Esse som pode consistir em um monossílabo, como o mantra Om, uma frase curta, como Om Gam Ganapataye namah ("eu saúdo Ganesha, o deus-elefante"), ou uma estrofe de 24 sílabas, como é o caso do Gayatri mantra. O mantra pessoal é prescrito tradicionalmente por um mestre, em função da necessidade do praticante.

Como podemos usar os mantras na prática? Por exemplo, quantas vezes podemos entoá-lo?
Tradicionalmente, um número razoável de repetições é 108. Para um mantra polissilábico como o Gayatri, por exemplo, isso significa uns 20 minutos por prática. No entanto, há práticas como o purashcharana, em que se fazem 1000 repetições diárias até completar 2.400.000 ao cabo de sete anos. Isso totaliza 100.000 repetições por cada uma das 24 sílabas do mantra.
Outra maneira de usar os mantras é associar a sua repetição mental com a respiração, como no caso do ajapa japa, técnica que consiste em acompanhar a observação da respiração com a mentalização do mantra so'ham.

O que precisamos fazer para entoá-lo (ficar no silêncio, fazer mentalizações, etc)?
O Kularnava Tantra nos ensina que há três formas de fazer um mantra: mentalmente, murmurando, e em voz alta. Dessas maneiras, considera-se que o mantra murmurado seja mais poderoso que aquele feito em voz alta, e que o mantra feito mentalmente seja mais eficiente que o murmurado. No entanto, a mesma escritura nos aconselha a mudarmos de técnica quando percebermos que estamos perdendo a concentração ou quando estamos nos distraindo, passando da repetição mental para a verbalização em voz alta ou vice-versa. É possível também associar o mantra com um yantra, um símbolo. Por exemplo, ao gayatri mantra corresponde o yantra do mesmo nome, que pode ser visualizado mantendo-se os olhos fechados ou focalizado com eles abertos durante a meditação.

Quais são os efeitos do mantra?
Os mantras têm a capacidade de servir como foco para que a mente se concentre. Ela tem a sua própria agenda e difícilmente pode ser controlada. Se você percebe essa dificuldade na sua meditação, significa que sua mente é totalmente normal. Respire aliviado, pois isso acontece com todo o mundo. Seu trabalho durante o mantra consiste justamente em trazer incessantemente a mente de volta para o som do mantra e refletir sobre seu significado. Isso traz como conseqüência o aquietamento da mente. Essa paz mental não é um fim em si mesmo, mas um meio para conseguir o discernimento, para preparar-se para a libertação, moksha. Muito embora os mantras possam ser usados para relaxar, combater a ansiedade ou o estresse, esse fim não deve ser esquecido.

Como funcionam?
Conhecer o significado do seu mantra, se você tem um, é fundamental. Tem pessoas que afirmam que os mantras não têm significado, ou que saber o que o mantra quer dizer não é importante, para afastar a desconfiança dos cristãos, ou para apresentar a prática da meditação sobre eles como algo "científico". Se o mantra foi especialmente escolhido para você, como é que ele não tem significado? Como posso confiar na eficiência desse mantra ou nas boas intenções de tais professores? O Rudrayamala , um texto antigo de Yoga, diz: "Os mantras feitos sem a correspondente ideação são apenas um par de letras mecanicamente pronunciadas. Não produzirão nenhum fruto, mesmo se repetidas um bilhão de vezes." Mantras sem significado não funcionam. Todo mantra sânscrito significa alguma coisa ou aponta para algum aspecto da realidade, adequada como tema de reflexão para cada praticante.

E por que cantá-los em sânscrito?
Na tradição hindu, os mantras são considerados Shruti, revelação. Isso significa que esses sons não foram criados por um autor humano, mas percebidos em estado de meditação pelos sábios da antigüidade, chamados rishis. Esses sons descrevem as diferentes revelações que estes sábios tiveram, e servem como indicadores para orientar os humanos em direção ao autoconhecimento. Por exemplo, os mahavakyas, as grandes afirmações da tradição dizem: aham Brahma'smi, "eu sou a Consciência do universo", tat tvam asi, "tu és Isso (Brahman)", etc.
A língua sânscrita é considerada uma língua revelada, portanto sagrada, assim como o aramaico, o hebraico ou o latim o são para a religião judaico-cristã. Como língua, o sânscrito tem a virtude de conseguir comunicar nuanças de significados muito sutis, e sua vibração sonora produz efeitos não somente na mente mas também, por ressonância, nos corpos energético e material.
#Matéria publicada originalmente na YJ #5 - http://yogajournal.terra.com.br/

sexta-feira, 25 de maio de 2012

9/15 – Vida leve

Vida leve – Silenciar a mente também eleva o astral. Estudos realizados pelas universidades de Stanford e Columbia, nos Estados Unidos, comprovaram que essa atividade libera endorfina, hormônio que atua sobre o sistema nervoso central e aumenta a sensação de bem-estar, deixando o dia-a-dia mais alegre.

Bons Fluidos – maio/2009

No último post quando falava de meditação citei alegria, quando uma criança está com medo, está preocupada com algo ou insegura, qual é seu comportamento?

Uma lembrança: minhas filhinhas, quando bebês, com fome ou com vontade de mamar, havia aquele choramingo, ranzinzas, ficavam choroninhas de verdade e com razão. Então, neste momento quando eu aparecia com a mamadeira pronta, e com os braços estendidos pra criança vir no colo mamar, aaahhhh que demais, só risadinhas, o choro transformando em gargalhadinhas deliciosas até a mamadeira chegar na boca e então só satisfação.



Segurança Confiança Satisfação






Vida leve Bem-estar Alegria

Sistema nervoso dando gargalhadinhas...eis a imagem gerada para descrever o silenciar da mente.
Forte abraço!
Namastê.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Asatoma

Asatoma

Om asatomo satgamaya

Tamasoma jyotir gamaya

Mrityorma amritamgamaya



Conduz-me

Da ignorância a verdade;

Da escuridão a luz;

Da morte a imortalidade.



Forte abraço!
Namaskar.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

8/15 – Mente quieta

Durante a meditação, o cérebro trabalha mais lentamente e os ruídos causados pelos pensamentos se tornam sutis. A agitação constante causa a instabilidade emocional e enfraquece o sistema imunológico. “Quando ocorre um espaço entre um pensamento e outro, chega a quietude. É como se a mente se calasse e o silencio interno passasse a ser um alimento para a alma”, descreve Márcia de Luca, fundadora do Centro Integrado de Yoga, Meditação e Ayurveda(Ciymam), em São Paulo. “Só assim é possível deslizar dentro do espaço vazio em que mora nossa real essência.”

Bons Fluidos – maio/2009
Meditar é como se buscássemos o paraíso deste espaço entre os pensamentos.

Fui no Encontro de Meditação com o Prof Marcos no Mandala em Taubaté, fui não, fomos :) - eu, a Luciana Azeredo e a Débora Guruji, lá estavam entre outros, a Gisele Consoli, amiga/parceira.
O Marcos nos mostrou uma técnica (das diversas que existe) de meditação onde: estando em uma postura de meditação confortável – sukhasana, padmasana, swastikasana ou até mesmo sentado em uma cadeira – principalmente seus joelhos devem ficar abaixo do quadril e assim se for necessário, sente-se em mantas, bolsters, etc., devemos manter a coluna ereta, fechamos os olhos, mãos descansam nas coxas... a técnica: conte mentalmente de 1 a 10 (respirando...números impares na inalação e números pares na exalação), no meio do caminho esta contagem mental pode se desviar e então você volta no começo sempre, até o fim da meditação.
Esta técnica nos passada é fácil e prática de seguir, já que o objeto de referencia são números, poderia ser a atenção na respiração (a mente se ocupa de observar a inalação e a exalação), poderia ser uma contagem mental de Oms, ex: inala OM, exala OM ou até OM- OM-OM-OM-OM seguidamente.

No meu caso, costumo colocar o celular pra despertar dentro de 10minutos e/ou um tempo determinado – com um toque de alarme suave é claro! rsrs

O efeito é a estabilização das oscilações e atividades da mente e conseqüentemente uma maior clareza mental, novamente: alegria.
Pense em uma sala cheia de papeis soltos e em seus quatro cantos, ventiladores super potentes funcionando a todo vapor...ou seja, muitos papeis voando e você dentro...
Alguns minutos depois, ventiladores desligados e papeis organizados em pilhas devidamente enfileiradas...paraiso...penso que é o que a meditação faz com nossa mente.
Outro exemplo:
Mar revolto, tempestade de vento....depois: céu azul, mar tranqüilo ou com ondas suaves...paraiso.
Em Iyengar Yoga trabalhamos a meditação nos asanas, as ações internas ditadas pelo professor e a permanência faz com que nos mantemos dentro do asana, meditando, logo o objeto para estabilizar a mente, desta vez, passa a ser o corpo e o asana.

“O corpo é o único instrumento concreto sobre o qual você pode concentrar-se. O corpo cria condições para a introspecção e meditação” — B.K.S. Iyengar

Forte abraço e MEDITE!
Namastê.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Encontro de Meditação

MANDALA ESPAÇO DE YOGA CONVIDA:






Encontro de Meditação
A meditação é uma forma simples de manter nossa mente desperta e focada, o que leva a um estado interno de tranquilidade e bem estar. Prática milenar e universal, a meditação é acessível a todos através de suas várias formas, e se praticada regularmente é um poderoso caminho para o desenvolvimento interior. A meditação pode ter seus efeitos intensificados quando praticada em grupo, e é essa a proposta do encontro, que será dividido em três momentos: introdução e orientações gerais, meditação e fechamento.

Condução de Marcos F. Taschetto, professor de Iyengar Yoga e psicólogo.

Evento gratuito e abertos a todos (iniciantes e praticantes).
Data: 12/05/12 (próximo sábado) às 8h30

Local: Mandala Espaço de Yoga
R. Juvenal da Costa e Silva, 123, Taubaté (próximo da Associação)

Se você conhece alguém interessado, repasse o convite!
Forte abraço!
Namaskar _/\_

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Educação e ética...no Yoga

Quando o yogi se torna qualificado, através da prática da disciplina ética, por abster-se de ações ilícitas (yama) e da auto-superação (niyama), pode (então) começar a prática de asanas e das outras técnicas.
Yoga Bhasya Varana, II:29

Se você não tiver tempo ou disposição para agir conforme a ética do Yoga, tampouco terá tempo nem atitude para praticá-lo. Yama e niyama são os dois primeiros passos da caminhada, condição indispensável para que a prática dê resultados concretos.
Pedro Kupfer
http://www.ekadantayoga.com.br/

Mais amor, por favor!
Namaskar.

Mudanças positivas

Sete ações simples que ajudam a cultivar uma vida mais saudável e feliz
Tradução: Patrícia Ribeiro
Saúde, harmonia, felicidade — há mais razões para praticar Yoga do que estilos para escolher. Mas, ultimamente, talvez você pratique Yoga porque também o ajuda no cotidiano. À medida que aprende a ficar mais consciente, o Yoga se torna um guia muito rico que ensina o que fazer no tempo livre quando não está sobre o mat. Mas nem sempre é fácil acessar essa consciência elevada durante uma prática de Yoga. Uma maneira de encontrar essa conexão é ficar mais atento às escolhas que faz diariamente e como elas podem afetá-lo, à sua comunidade e ao mundo a sua volta. Talvez este ano você queira cuidar melhor do corpo, ajudar o próximo ou reduzir o impacto no planeta. Qualquer que seja sua intenção, quando se fazem mudanças positivas com base na autopercepção, é possível conectar-se com seu eu verdadeiro e entender por que se faz isso.
Para o terapeuta e coach Fábio Novo, a transformação é um processo complexo que envolve muitos níveis ao mesmo tempo. “A roda da mudança gira sem parar e, junto com ela, rodamos nós. Mas, se pararmos para refletir, perceberemos que a maioria das mudanças que fazemos é superfície, mero agito de mentes distraídas que se entretêm com a ilusão do dia-a-dia. Conheço pessoas que mudam tudo o tempo todo, mas nunca transformam nada. Se queremos mudanças verdadeiras e duradouras em nossas vidas, temos de ir além das sete ondinhas e mergulhar com coragem no oceano de nós mesmos. Isso é significado, isso é verdade, mas é também mais trabalho e alguma incerteza. Mudar ou transformar, eis a questão. Mas a decisão, como sempre, é somente nossa”, ressalta.
Talvez você ainda não esteja pronto para uma transformação radical, que implica deixar muitos valores e comportamentos para trás. É morrer e nascer de novo. Portanto, comece com mudanças pequenas, com simples atitudes que poderá incorporar à sua rotina, e deixe as coisas fluírem que as transformações virão naturalmente. Seguem sete atitudes para ajudá-lo a entender a si mesmo, conectar-se com o mundo e viver no Yoga.

“Mudar é ginástica, transformar é Yoga,
Mudar é lagarto, transformar é camaleão,
Mudar é analógico, transformar é digital,
Mudar é pergunta, transformar é resposta,
Mudar é agitação, transformar é transmutação
Mudar é integração, transformar é síntese,
Mudar é unilateral, transformar é multidimensional,
Mudar é remédio, transformar é cura,
Mudar é pra hoje, transformar é pra sempre,
Mudar é arroz com feijão, transformar é feijoada,
Mudar é eu, transformar é Deus,
Mudar é começo, transformar o fim.
Mudar e transformar, eis a solução.”    Fábio Novo

1. Mude de perspectiva

Mude radicalmente seu visual, quebre a rotina, pegue um caminho diferente para ir trabalhar, experimente uma comida nova, faça uma aula com um professor com quem você nunca praticou antes. Então perceba como uma simples mudança pode afetar a maneira como você vê as coisas. “Nosso mundo é baseado naquilo que percebemos”, diz Frank Jude Boccio, professor de meditação e autor do livro Mindfulness Yoga (sem tradução no Brasil). “O verso de abertura do Dharmapada — uma antologia de citações atribuída ao Buda — diz: ‘Nós criamos o mundo com nossos pensamentos e nossas percepções’. Isso significa que a única coisa que sabemos sobre o mundo é que estamos vivendo nele como o percebemos”, diz.
Para mostrar quanto suas percepções são mutáveis, Boccio direciona seus alunos a visitarem uma loja e provar um chapéu que eles descreveriam como “não tem nada a ver comigo”, então notam como usá-lo muda a maneira como se sentem. “Mesmo não olhando no espelho, só de saber que o chapéu está na sua cabeça muda a percepção da realidade naquele momento”, afirma. Mudar a perspectiva, fazer uma viagem para outro país ou sentar-se numa mesa diferente em um restaurante pode fazê-lo perceber como suas percepções eram condicionadas. Essa consciência pode enfraquecer o apego às suas percepções e abrir o coração para as mudanças. “Ver o condicionamento da percepção é um aspecto essencial do caminho yóguico da libertação”, completa.

2. Não desperdice
Comprometa-se um dia da semana a não usar produtos descartáveis. Leve sua própria comida para o trabalho em uma vasilha, use guardanapo de pano e leve uma garrafa d’água para a aula de Yoga. Carregue uma sacola ecológica para tudo que comprar, não apenas frutas e verduras. Note o que é obrigado a jogar fora, seja uma embalagem de plástico do sanduíche ou rótulos das garrafas e vidros. Não fique desencorajado se atingir um dia livre de desperdícios pode ser algo mais difícil do que imaginava. Apenas estar consciente sobre aquilo que está descartando provavelmente o conduzirá a outras mudanças que trarão grandes efeitos ao meio ambiente.
“Prestar atenção naquilo que consumimos e descartamos é uma prática de percepção diária”, diz Ari Derfel, professor de Yoga da Califórnia, que conseguiu usar coisas não descartáveis por um ano. Ele descreve o projeto como uma meditação de Yoga, que fez com que ele se tornasse responsável.

3. Restaure saúde e felicidade

Como um antídoto para sua batalha para alcançar o sucesso em tudo que faz (incluindo asana), dedique uma prática por semana a posturas que aquietam, nutrem e o deixam centrado. Comece com uma prática restaurativa sentando-se, quieto, por alguns minutos para conectar sua respiração. Depois, aqueça com um movimento que alonga os músculos, como a postura do gato ou a do bebê feliz. Inclua posturas como supta baddha konasana (postura deitada do ângulo), supta padangustasana (postura deitada segurando o dedo do pé) e viparita karani (postura com as pernas na parede). Termine com um longo savasana (postura do cadáver). Se essa prática parecer desafiante para fazer sozinho, tente uma aula em grupo. Domingo à noite é a melhor hora para essa sequência, que o ajuda a descansar da semana que passou e a começar a próxima revitalizado. Com o tempo, a prática restaurativa aprofundará sua percepção.

4. Experimente o silêncio
Fique alguns momentos em silêncio. O nome dessa arte é Antar Mouna. “É quando a mente entra num estado de aquietamento, de conforto sem conflitos, sem discussões nem argumentações. A mente simplesmente fica quietinha e relaxada, sem necessidade de se justificar”, explica a professora de Yoga Rosana Biondillo, de Guarulhos (SP). Praticar o silêncio também pode ser uma maneira do conservar o prana (energia vital), portanto, ficar em silêncio é essencial. “Pode parecer uma tarefa hercúlea, praticamente impossível de se realizar. Podemos até ficar sem pronunciar palavras ou emitir sons durante um tempo, mas a cabeça, essa não para nunca de tagarelar”, diz Rosana.
Você pode começar ficando sem falar por 10 minutos e depois ir prolongando o tempo até um dia inteiro. No começo, ficar quieto pode deixá-lo agitado, mas simplesmente perceba a necessidade para falar ou absorver a ideia e a palavra de outras pessoas. Aprecie os ruídos dos ambientes, como o canto dos pássaros, o vento nas árvores, o movimento das pessoas, até mesmo o trânsito. Logo você achará a pausa da palavra profundamente tranquilizante. Segundo Rosana, Antar Mouna parece nascer no “descanso” do cérebro e atingir as camadas mentais, em seus vários níveis e profundidades, predispondo-as à manutenção do silêncio. Mas Antar Mouna também, e especialmente, nasce no sentimento do coração, se espalha pelo restante do corpo e chega à mente, de maneira natural, voluntária e sem imposições. “Isso porque, no Yoga, não existe uma divisão explícita entre corpo e mente, mas tão-somente a possibilidade de se vivenciar e sentir a fluidez entre um e outro”, completa.

5. Seja criativo

Faça um pão, tricote um cachecol, costure uma saia, aprenda a tecer ou pinte um quadro. Criar algo pode ser uma maneira de enriquecer o mundo, mas fazer alguma coisa com as próprias mãos pode ser uma forma de meditação ativa, uma oportunidade de fazer uma pausa nos pensamentos conscientes e conectar-se com o lado criativo. Eleonora Perez, terapeuta transpessoal e coordenadora da Oficina Tramas do Ser, usa o tear como uma maneira de aumentar a autoestima e promover o autoconhecimento. “Ao ver o resultado de um trabalho de tear manual, as conexões internas ligadas à nossa atividade criativa percebem o tecido como uma urdidura do amor e a trama, uma luz de criatividade. A tecelagem artesanal faz essa ponte com nosso ser, demonstrando como a liberdade e a beleza podem transformar-se em autoestima ao criar algo que só fazemos estando inteiros e conectados a nós mesmos. Cada um de nós é, na realidade, um ser perfeito, tecido em fios criativos, refletindo um plano perfeito dentro de uma totalidade que transcende a nossa compreensão. A tecelagem artesanal dá o impulso e torna visível o mundo criativo de cada um”, explica.

6. Faça uma oferenda
Comprometa-se a fazer um ato desinteressado toda semana. Você se surpreenderá como a simples ação de ajudar uma pessoa com necessidades especiais a atravessar a rua pode cultivar o senso de conexão, respeito e bem-estar em relação aos outros. Traga um lanche para um colega ocupado; cuide do filho de uma amiga por uma tarde; dedique-se a trabalhos comunitários. Esses momentos são a chance de compartilhar com alguém experiências do mundo e perceber a riqueza da sua própria existência. “Todo Yoga começa com Karma Yoga, que é ação doada como serviço para os outros e uma forma de cultuar o divino”, escreve David Frawley em Yoga: Great Tradition (sem tradução no Brasil).

7. Ame seu corpo
Pelo menos uma vez por semana dê ao seu corpo um tratamento ayurvédico de saúde e beleza. Sais terapêuticos são nutritivos e aumentam a imunidade, estimulando o movimento da linfa e do sangue. Anna Batdorff, do Centro de Ciências da Saúde em Sebastopol, na Califórnia, sugere misturar em partes iguais sal marinho e óleo de girassol, que são bons para todos os doshas. Adicione algumas gotas de óleo de toranja — é bom ter um aroma porque ajuda a mover a linfa. Aplique a mistura na pele, começando nos pés em direção ao coração. Esfolie cada parte até a pele ficar vermelha, um indicador de que o sangue está se movendo. Encha a banheira com água morna para tirar o excesso ou um enxágue-se na ducha. Massageie a pele seca com um óleo apropriado. Tratar do corpo com amor e compaixão em uma rotina de cuidados é uma boa maneira de experimentar gratidão por seu corpo e tudo que ele lhe permite fazer.
Charity Ferreira é editora sênior da Yoga Journal
Fonte: http://yogajournal.terra.com.br/show_yoga.php?id=1217