quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Reconectar-se com a sua Fonte - Paz no dia a dia 5/8 (Prana Yoga Journal - maio 2009)

Na época em que iniciava no Yoga, muitos anos atrás, deparei-me com uma constituição fisica definitivamente rígida.
Meus isquiotibiais pareciam feitos de aço. Ainda assim, minha alma teimosa escolhia paschimottanasana (postura da pinça) como postura preferida.
Tive então um sonho, daqueles muito vividos que não se esquece jamais. Nele, meu corpo cedia primorosamente, abdome e peito tocavam as coxas, o queixo se aninhava nos joelhos sem nenhum esforço, os braços descansavam serenamente no chão, as mãos  seguravam os pés sem tensão e eu respirava tranquilamente ao mesmo tempo que uma paz imensa e prazerosa invadia o meu coração.
Acordei extasiada pelo potencial de paz anunciado naquela visão.
Sonhos muito intensos perduram na alma, e fui levada a encara-lo como premonição: acreditei que algum dia chegaria exatamente a esse estado e assim continuei caminhando.
A medida que o sonho perdia força, eu mergulhava em um paciente aprendizado de reconexão à Fonte, com muitos tropeços, bons e maus momentos, dúvidas e questionamentos, progressos e retrocessos. A rigidez parecia instalada inabalavelmente no meu corpo, ao passo que os ensinamentos recebidos - e foram muitos os mestres - começavam a levar luz ao meu pensamento e às minhas atitudes. E nesse processo surgiram ocasiões em que, em um vislumbre, fui capaz de compreender que era preciso agarrar o momento presente, que é eterno, para dele extrair a potencia de novos caminhos.
Compreendi que era minha alma que resistia e que se fechava. A visão daquele sonho nunca me abandonou, porem esmaeceu; não lhe dei mais muita atenção.
Não sei mais como e quando; foi um dia desses: paschimottanasana deixou de ser um desafio para tornar-se um dos melhores momentos do meu cotidiano.
O corpo cedeu. Mesmo uma pratica breve invariavelmente inclui a postura que ressuscitou o sonho de paz.
Descubro e redescubro, em um obstinado exercício diário que estar inserido no AQUI E AGORA é a chave para o acesso ao Todo do qual somos, cada um de nós, uma partícula. Essa inserção nos lança, por brevíssimo instantes, para fora da dimensão espaço e tempo, e ali, em um relance, compreendemos o que pode vir a tonar-se genuína compaixão, e também o que os velhos gregos chamavam de saúde: o equilibro entre o sentir-se bem e o abrir-se para o mundo exterior.
Como dizem os budistas: QUE TODOS OS SERES SEJAM FELIZES.


Lucia Ehlers, professora de filosofia yóguica, estudante de filosofia clássica. Imagem daqui e daqui

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Pensar no que está fazendo - Paz no dia a dia 4/8 (Prana Yoga Journal - maio 2009)

Em vários momentos do dia me pergunto: No que eu estou pensando?". Essa pergunta me mantem centrado no momento presente, o único que realmente importa - o passado não existe e o futuro ainda não chegou. Observar minha mente e o que estou pensando me traz muita paz e me faz ver que a vida deve ser desfrutada agora. Não vale a pena viver de recordações ou pensar que o amanhã nos trará felicidade.


0 27 - Um exercício para manter a mente centrada no presente é praticar o aqui e agora: contar de 27 a 0 e de 0 a 27 sem permitir que pensamentos entrem.
A prática cotidiana desse exercício simples em qualquer momento do dia e em qualquer circunstancia trará muita paz e descanso para a mente, que é o que realmente importa.
Gustavo Ponce, autor de livros e DVDs sobre Yoga e fundador do Yoga Shala e do Canal OM, Chile. Imagem daqui

Queridos,
Conseguir ficar no presente, é um presente.
Desde passar um café pensando somente naquele momento até ter a maior emoção da sua vida pensando somente naquele momento...traz paz.

Surya Namaskar (Saudação ao Sol) traz presença, a pratica diária desta sequencia traz Prana (energia vital), presença e transformação no seu corpo e mente.
Forte abraço! Namastê.
Ana Paula